quarta-feira, 22 de junho de 2011

Muricy ainda lava louças, mas se vê menos estressado no Santos

Reconhecidamente um sujeito estressado com o dia a dia do futebol, Muricy Ramalho se vê em outro momento na véspera de sua segunda final de Copa Libertadores da América na carreira. Nesta quarta-feira, contra o Peñarol, ele retorna à decisão continental, desta vez com o Santos, mas acredita estar muito mais maduro e tranquilo. A ponto de não precisar mais do hábito de lavar as louças de casa, artifício que utilizava principalmente nos tempos de São Paulo como forma de combater o estresse.
 
"Estou muito mais controlado, isso é uma coisa natural. O estresse continua, mas diminui um pouco porque ficamos mais velhos. Quando posso, lavo a louça para ajudar as minhas amigas em casa e também a minha mulher em Ibiúna", admitiu Muricy Ramalho, que habitualmente prefere o conforto do lar nas horas de descanso.
 
Segundo ele, o maior nervosismo que passa ainda é o do pós-jogo. "Não durmo bem depois do jogo. Aí eu vou dormir às 5h da manhã, assisto a todos os jogos que tiverem passando na televisão", acrescenta o tetracampeão brasileiro, que nega ansiedade nos dias anteriores às decisões. "Na véspera, durmo muito. Para acordar é complicado, é por obrigação".
 
Muito mais tranquilo no dia a dia, o treinador santista chega até a passar calma para os jogadores. Segundo ele, o nervosismo é o que atrapalhava o Santos na competição, e a eliminação chegou a ser quase certa ainda na fase de grupos, antes da chegada de Muricy.
 
"Se começou com esse pensamento de guerra, de catimba, e por pouco não fica de fora. Era uma pilha atrás da outra e querendo se jogar de uma maneira diferente. O Ganso, o Elano e o Neymar não sabem brigar, por isso tenho cuidado em motivar os jogadores. É dizer que só estão jogando futebol e nada mais que isso".
 
Se adota uma postura muito mais calma com o futebol, Muricy ainda não consegue ter uma relação totalmente pacífica com a imprensa e, em algumas questões, responde com rispidez. Questionado se calaria de vez os críticos em caso de título da Libertadores, o treinador se irritou.
 
"Ainda tem (o troféu) de Marte, Saturno. Você é um desses caras (que criticam)", disse a um repórter. Em entrevista coletiva concedida antes de enfrentar o Peñarol, por exemplo, o técnico reagiu com truculência ao ser perguntado se ele próprio é quem vetaria Paulo Henrique Ganso para a primeira final. "Isso é bobagem", chegou a dizer.
 
Campeão brasileiro em dezembro de 2010 e paulista no mês de maio, o treinador também mantém o hábito de enumerar os próprios títulos, deixando a modéstia de lado.
 
"São decisões que estão vindo e duas eu ganhei. Se você olhar meu currículo, até que é mais ou menos. Todos os títulos são importantes, não tem um especial. A Libertadores não ganhei mesmo, mas espero ganhar. Cheguei duas vezes na final e isso é difícil. Não sou contratado para mata-mata ou para pontos corridos, sou do futebol. Isso não mexe comigo", afirmou.
 
Independente do comportamento, que vai mudando com o passar do tempo, Muricy preserva um hábito: vencer títulos, o que é sua especialidade. "Eu quero é ganhar. Estou curtindo mais minha carreira, me sinto melhor e mais preparado. Agora curto tudo bastante", define.

Para a Libertadores, ele já idealiza como seria o primeiro troféu: "sonho sempre em ganhar. Se tivesse sonhado, seria duro como sempre, difícil e tudo o que conquistamos não têm facilidade, todos os que ganho são muito difíceis".

quarta-feira, 15 de junho de 2011

SP: bando invade estádio para roubar renda de Santos x Peñarol

Um grupo armado, composto por pelo menos oito homens encapuzados, invadiu nesta madrugada o Estádio Municipal Bruno José Daniel, na Vila Pires, em Santo André, no ABC paulista. Os criminosos renderam um vigilante que estava no local e tentaram arrombar um cofre em busca do dinheiro oriundo da venda de ingressos para a segunda partida da final da Libertadores da América, entre Santos e Peñarol, que ocorrerá no Pacaembu. Os assaltantes não conseguiram romper a estrutura e fugiram, segundo a Polícia Civil, levando apenas computadores da bilheteria do estádio.

 
O vigia foi amarrado com fitas adesivas e trancado em uma sala, o que dificulta as investigação policial, que, sem testemunhas, ainda não tem detalhes sobre a invasão. Alguns cadeados foram arrombados com o auxílio de um pé de cabra. Também não há a confirmação se câmeras de vídeo registraram a ação. O funcionário permaneceu chaveado durante 40 minutos, mas não sofreu ferimentos.

 
O caso será investigado nas próximas horas pela 3ª Delegacia de Santo André, que ainda não tem suspeitos. O vigia voltará a ser ouvido. A Polícia Militar suspeita que o grupo tinha informações privilegiadas sobre a localização do cofre.


Segundo o site oficial do Santos, os ingressos para a decisão se esgotaram ontem. Além do estádio Bruno José Daniel, também funcionaram como postos de venda a Vila Belmiro, em Santos, o Ginásio do Ibirapuera e o Pacaembu, em São Paulo, além do Ginásio de Esportes José Corrêa, em Barueri.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Chance de ter Henrique e Martinuccio é zero, diz Felipão

O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira, mostrou-se pessimista quanto à chegada do zagueiro Henrique e do meia Martinuccio. Nomes mais cotados para reforçar o clube no Campeonato Brasileiro, ambos os negócios são vistos com muita dificuldade pelo treinador.

 
"Até agora, zero de chance de contratação (do Martinuccio). Ou 1%, pode-se dizer hoje. Se era para contratar, tinha acontecido há 15 ou 20 dias, mas não foi. Já estamos observando outros jogadores. Esse, para mim, hoje é zero de chance", disse.

 
"O Henrique também é zero. Pelos dados que foram passados da direção para mim, penso que é zero, sem chance alguma", completou.

 
As últimas informações sobre a negociação de Martinuccio era de que o Palmeiras já havia enviado contrato de três anos para o jogador assinar. O acerto pelo meia foi feito entre o clube e um empresário da Argentina, dono dos direitos dele. O argentino tem contrato com o Peñarol até o dia 30 de agosto, com prioridade de compra dos uruguaios.


O caso de Henrique também segue na pauta da diretoria. Arnaldo Tirone, que voltou atrás após ter descartado o negócio, disse posteriormente que ainda há esperança pela aquisição do zagueiro, preso ao Barcelona. Empresário do jogador, Marcos Malaquias tenta viabilizar investidores para bancar a contratação.

Tevez: "após 2014, não volto a Manchester nem de férias"

Carlos Tevez reiterou nesta sexta-feira a insatisfação com sua condição no Manchester City. Em entrevista ao canal argentino Telefé, o atacante ex-Corinthians assegurou que, ao final de seu contrato, não tem a menor intenção de regressar à cidade de Manchester.
 
"Não há nada para fazer em Manchester e estou falando inglês muito mal", disse Tevez à Telefé. "Quando terminar meu contrato, em três anos, não voltarei a Manchester nem de férias", acrescentou o atacante, que tem vínculo com o City até 2014.
 
Tevez, contudo, negou estar farto da carreira futebolista. "Sempre disse que me aposentaria aos 28 anos, mas agora vou continuar um pouco mais", disse o atacante, 27 anos. "Mas estou cansado da fama. Fiz minhas filhas sofrerem e já errei muitas vezes", finalizou.

O atacante do Manchester City foi convocado recentemente pelo técnico Sergio Batista para a seleção argentina, que será anfitriã da Copa América, em julho.